O anúncio foi feito neste domingo (16) por uma das líderes da oposição, Maria Kolesnikova, uma aliada da candidata presidencial Svetlana Tikhanovskaya, que contesta o resultado do pleito, vencido pelo atual presidente Aleksandr Lukashenko.
"Agora nós exigimos o fim da violência. Nenhum responsável pela violência foi punido, nenhum caso foi aberto, as pessoas não foram libertadas de custódia. Não é assim que deve ser, isso não está certo", disse Kolesnikova.
Além disso, ela afirmou que nesta segunda-feira (17) serão formalizados pedidos de investigação contra a repressão aos protestos. A opositora acusou as forças policiais de "tortura".
"Amanhã vamos preencher pedidos de investigação criminal sobre as mortes de pessoas, sobre cada incidente de tortura e ações ilegais da polícia", afirmou.
Centenas de pessoas foram presas e dois homens morreram durante uma semana de protestos na Bielorrússia. O Ministério do Interior, por sua vez, diz que mais de 120 policiais foram feridos nas manifestações.
Domingo de manifestações contra e a favor do governo
Segundo o governo, um homem que morreu na capital Minsk no dia 10 de agosto estava segurando um explosivo que detonou em sua mão. Imagens do ocorrido, no entanto, não parecem mostrar que a vítima portava um explosivo.
O ministro do Interior afirmou então que o homem pode ter sido morto por uma "arma não letal".
Neste domingo (16), ocorreram mais protestos contra o governo em Minsk. A polícia disse que nenhuma pessoa foi detida ao longo do dia. Em Praga, capital da República Tcheca, houve um ato em solidariedade à oposição bielorrussa.
Por outro lado, ocorreu uma manifestação a favor do governo na Praça da Independência, que contou com a presença de Lukashenko e outras autoridades.