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PF aponta que delação de Palocci sobre Lula e banco BTG não tem provas, diz jornal

© Folhapress / Lula MarquesEm Washington, o então presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (à direita), concede entrevista coletiva em frente à Casa Branca ao lado de seu coordenador de transição presidencial e futuro ministro da Fazenda, Antonio Palocci (à esquerda), em 10 de dezembro de 2002.
Em Washington, o então presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (à direita), concede entrevista coletiva em frente à Casa Branca ao lado de seu coordenador de transição presidencial e futuro ministro da Fazenda, Antonio Palocci (à esquerda), em 10 de dezembro de 2002. - Sputnik Brasil
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As acusações feitas em delação premiada pelo ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, contra o ex-presidente Lula não têm provas e foram baseadas em notícias de jornais, segundo concluiu a Polícia Federal.

A PF aponta ainda que a investigação desmentiu acusações de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva era beneficiário de um esquema de propinas milionárias por meio do banqueiro André Esteves, do banco BTG.

O inquérito do caso foi encerrado na semana passada sem indiciar acusados. Segundo o delegado Marcelo Daher, as informações da delação "parecem todas terem sido encontradas em pesquisas de Internet".

© Folhapress / Zanone FraissatReunião do diretório nacional do PT, com a presença de Lula e Dilma
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Reunião do diretório nacional do PT, com a presença de Lula e Dilma

As informações foram publicadas na manhã deste domingo (16) pela jornalista Mônica Bergamo no jornal Folha de São Paulo. Segundo o jornal, Daher aponta que notícias jornalísticas podem iniciar inquéritos policiais, mas que no caso não houve produção de provas que pudessem garantir "continuidade à persecução penal". A conclusão foi enviada ao Ministério Público Federal (MPF).

Acusações desmentidas

Palocci diz na delação premiada que Lula recebia valores movimentados e ocultados por André Esteves, o que supostamente ocorria desde 2011 como parte de um esquema de corrupção e de caixa dois, conforme aponta a publicação.

Em contrapartida, o banqueiro receberia informações privilegiadas do Banco Central e dividiria os lucros obtidos a partir das informações com o ex-presidente. Palocci acusa Lula na delação de ter recebido inicialmente R$ 10 milhões e que Esteves pretendia administrar outros R$ 300 milhões em propinas da Odebrecht para o PT.

© Folhapress / Giuliano GomesMarcelo Odebrecht presta depoimento em audiência da CPI da Petrobras em Curitiba, em 2015.
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Marcelo Odebrecht presta depoimento em audiência da CPI da Petrobras em Curitiba, em 2015.

A Polícia Federal analisou as operações do Fundo Bintang, supostamente ligado a André Esteves, e concluiu que não houve ganhos por parte do fundo com informações privilegiadas do Banco Central. Palocci afirmou no inquérito, após ser intimado a dar explicações, que o nome do fundo "ficou na memória" pois ele acompanhava "as notícias do mercado na época".

Marcelo Odebrecht apontou que houve "confusão" de Palocci sobre propinas da empreiteira em relação ao Partido dos Trabalhadores (PT). Já André Esteves teria negado as acusações e apontou que o fundo não tem relação com o banco BTG.

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