Uma descoberta arqueológica realizada em um túnel de Jerusalém, Israel, aparenta comprovar a veracidade de uma história bíblica, informa o tabloide Express ao citar Tom Meyer, professor de estudos bíblicos e Teologia na Faculdade da Bíblia Shasta (EUA).
De acordo com o tabloide, o túnel em questão, conhecido como Siloé ou Ezequias, foi construído há 2.700 anos com o intuito de fornecer água à Jerusalém. Na Bíblia, a construção é atribuída ao rei Ezequias e teria sido utilizado durante cercos dos assírios.
Conforme Meyer explica, há uma "ampla evidência arqueológica" que corrobora o relato bíblico. O professor indica que a confirmação se deve a uma inscrição particular, encontrada dentro do túnel e feita ainda no século XIX.
"Ainda que o geógrafo e historiador norte-americano Edward Robinson tenha sido a primeira pessoa a explorar o túnel em tempos modernos, em 1873, foi um menino local chamado Jacob Spafford – o filho adotivo do famoso autor de hinos Horatio Spafford – que, enquanto brincava no túnel, tropeçou em uma das mais antigas inscrições hebraicas jamais encontradas, em 1880", afirmou Meyer.
"A inscrição é relevante não somente porque valida o relato bíblico, mas porque é a única inscrição da antiguidade de Israel que comemora um programa de obras públicas e é um dos mais antigos exemplos de escrita em hebraico", continuou o especialista.
Enquanto o registro aparentemente apresenta danos irreparáveis, Meyer acredita que "contém a descrição de obras de trabalhadores escavando o túnel debaixo de Jerusalém de dois lados opostos", comemorando o feito.
"O túnel de Ezequias, que ainda leva água a Jerusalém até hoje, foi um incrível feito de engenharia; junto com a evidência epigráfica – a inscrição de Siloé – o túnel de Ezequias demonstra mais uma vez a veracidade histórica do relato da Bíblia", acrescentou o professor.
A inscrição em si está armazenada no Museu de Arqueologia de Istambul, na Turquia, porque, segundo Meyer, a área onde foi feita a descoberta estava "sob a dominação do Império Otomano" na época.