Nas últimas 16 semanas esse índice estava acima de um. Os números, no entanto, não indicam que a epidemia está sob controle.
Para a semana que se iniciou domingo (16), a taxa de contágio foi calculada pela instituição em 0,98, ou seja, cada 100 pessoas contaminadas pelo vírus transmitem a doença para outras 98.
Essas 98, por sua vez, infectariam outras 96, fazendo o contágio desacelerar. Quando a taxa fica acima de um, a transmissão está em aceleração.
Após redução, países viram aceleração
O resultado, no entanto, precisa ser acompanhado por mais tempo. Em outros países, por exemplo, a taxa de transmissão voltou a ficar acima de um após cair desse patamar, caso, por exemplo, do Equador e da Bolívia, que tinham conseguido reduzir seus índices, mas agora apresentam 1,16 e 1,05, respectivamente.
No Chile, por sua vez, a taxa é de 0,85, oitava semana de contágio controlado no país. Já no Paraguai o índice é de 1,95, o que representa forte aceleração da epidemia e o valor mais alto entre os 68 países acompanhados pela instituição britânica.
O Imperial College calcula a taxa com base no número de mortes registradas pela COVID-19, dado menos sujeito a subnotificações.
Segundo relatório da Organização Mundial da Saúde divulgado na terça-feira (18), todos os países da América do Sul estão com transmissão comunitária, com exceção de Uruguai e Guiana, que registram apenas focos isolados.
Brasil tem 288 casos por 100 mil habitantes
Ainda de acordo com o Imperial College, na quinzena encerrada nesta terça-feira (18), o Brasil registrou 288 novos casos por 100 mil habitantes, contra os 291 da quinzena encerrada há uma semana, mas acima dos 240/100 mil contabilizados há um mês.
Segundo boletim do Ministério da Saúde divulgado nesta terça-feira (18), o Brasil registra 109.888 mortes pelo novo coronavírus e 3.407.354 casos confirmados da doença.