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Celso de Mello, relator de inquérito que investiga Bolsonaro, tira licença médica do STF

© Folhapress / Pedro LadeiraMinistro Celso de Mello, durante julgamento da 2º turma do STF (Supremo Tribunal Federal), que julga a possível soltura do ex-presidente Lula (PT) em Brasília (DF)
Ministro Celso de Mello, durante julgamento da 2º turma do STF (Supremo Tribunal Federal), que julga a possível soltura do ex-presidente Lula (PT) em Brasília (DF) - Sputnik Brasil
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O ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), vai tirar licença da corte por tempo indeterminado para tratamento de saúde. 

A saída do decano do Supremo pode alterar votações importantes no tribunal, como, por exemplo, o julgamento da suspeição do ex-juiz Sergio Moro em caso envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

O magistrado faz parte da 2ª Turma do STF, que vai analisar o pedido feito pela defesa de Lula. 

Além disso, ele é relator do inquérito que investiga se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal, conforme acusações feitas por Moro.

Segundo a coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, o gabinete do juiz confirmou a informação. 

Ministro se aposentará em novembro

No início de agosto, Mello fez exames clínicos para constatar se precisaria realizar novas cirurgias. Em janeiro, fez operação no quadril, na região da cabeça do fêmur. Em março, foi internado com quadro de erisipela no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Após receber alta, no entanto, Celso de Mello estava trabalhando normalmente. 

Como decano do STF, Celso de Mello vai se aposentar em 1º de novembro, quando completará 75 anos, idade limite prevista pela Constituição para servidores públicos se aposentarem. Bolsonaro já disse em algumas ocasiões que deseja indicar um ministro "terrivelmente evangélico" para seu lugar.

Na terça-feira (18), o ministro suspendeu o julgamento de Deltan Dallagnol no Conselho Nacional do Ministério Público, que poderia levar ao seu afastamento do procurador da Lava Jato. 

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