Após sinais de recuperação em julho, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), seguiu a tendência positiva e registrou a maior alta da história em agosto (11,5%), chegando a 78,2 pontos, informou nesta quarta-feira (19) a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Embora permaneça na zona de avaliação pessimista, o crescimento mensal foi o maior desde o início da realização da pesquisa, em abril de 2011. Por outro lado, no comparativo anual, houve queda de 32%.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destacou a redução intensa em praticamente todos os segmentos durante a pandemia do novo coronavírus e defendeu a importância da reabertura gradativa do comércio não essencial.
"Os indicadores de atividade dos principais setores da economia têm mostrado que o fundo do poço dessa crise ficou mesmo em abril. Além disso, apesar das restrições que a COVID-19 ainda impõe para as vendas físicas, o varejo tem viabilizado parte do faturamento pelo comércio eletrônico e outros canais digitais", afirmou Tadros, citado pelo site da CNC.
A pesquisa da entidade destacou o crescimento da confiança na melhora do nível de atividade econômica nos meses à frente: 64,7% em agosto, contra 50,8%, em julho. As avaliações correntes da economia, no entanto, seguiriam em nível muito baixo, a 85 pontos do nível pré-pandemia.
Segundo Izis Ferreira, economista da CNC responsável pela pesquisa, pela primeira vez, desde dezembro de 2019, cresceu a proporção de empresários do comércio que afirmaram ter pretensão de aumentar o quadro de funcionários (de 25,1%, em julho, para 33,2%, em agosto).
"Com a reabertura gradual e expectativas de melhor desempenho do setor no último quadrimestre, parte dos varejistas já pensa em ampliar as contratações. O último trimestre do ano concentra a principal data para o comércio, com aumento sazonal das vendas entre novembro e dezembro, o que motiva a contratação de funcionários, mesmo os temporários", concluiu a economista da Confederação.