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Datafolha: isolamento despenca, otimismo sobe em meio à pandemia de COVID-19

© AP Photo / Andre PennerPassageiros no metrô de São Paulo usam máscaras para se proteger da COVID-19.
Passageiros no metrô de São Paulo usam máscaras para se proteger da COVID-19. - Sputnik Brasil
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O número de brasileiros em isolamento atingiu o menor índice no mês de agosto, apesar do alto número de mortes diárias pela COVID-19, revelou a pesquisa Datafolha.

Em meados do mês de abril, com cerca de 210 mortes diárias por COVID-19, 21% dos brasileiros se diziam em isolamento completo e 50% afirmavam que só saíam de casa se fosse inevitável. No dia 11 de agosto, no entanto, com 1.274 mortes confirmadas no dia, o total de brasileiros em isolamento foi de 8%, e a taxa de pessoas que diziam evitar sair foi de 43%.

Os dados foram revelados pela pesquisa Datafolha, publicada nesta quarta-feira (19) pelo jornal Folha de S.Paulo. O estudo demonstra que o isolamento completo vem despencando desde o começo da quarentena.

Os idosos, considerados grupo de risco, têm sido mais cuidadosos, bem como as mulheres e os mais pobres. Assim, 11% de quem ganha até dois salários mínimos se disseram em isolamento total. Essa taxa cai para 2% entre os que ganham mais que dez salários.

Um outro fator de diferença foi notado entre quem apoia ou não o presidente da República, Jair Bolsonaro. Cerca de 55% de opositores a Bolsonaro se dizem totalmente isolados. Esse número cai para 41% entre os apoiadores do presidente.

Otimismo

A pesquisa da Datafolha também revelou que os brasileiros têm se sentido mais otimistas. Pela primeira vez há mais pessoas acreditando que a pandemia está melhorando do que piorando no país. Essa é a opinião de 46% da população em agosto. No fim de junho, o otimismo atingia somente 28% dos entrevistados.

O estudo destaca que o otimismo é alavancado por homens (55% acreditam que a situação está melhorando) e apoiadores do governo (61% dos que avaliam a gestão Bolsonaro como ótima ou boa). Do outro lado, a situação está piorando na visão de mulheres (50%) e quem avalia o governo como ruim ou péssimo (59%).

No último fim de semana, a Folha de S.Paulo publicou uma pesquisa, segundo a qual para 47% da população o presidente da República não tem nenhuma culpa pelas mais de 100 mil mortes pela COVID-19 no país.

Por outro lado, bateu recorde a avaliação de que os brasileiros deveriam se preocupar mais com a pandemia, chegando a 61% dos entrevistados.

Datafolha ouviu 2.065 pessoas de todo o país nos dias 11 e 12 de agosto por telefone.

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