O pequeno mamífero africano tem um focinho longo em forma de tromba e olhos pretos penetrantes. Até agora, são conhecidos aproximadamente 39 exemplares do animal, preservados em museus, já que a espécie foi considerada extinta desde 1970.
Entretanto, surpreendentemente o animal "ressuscitou" perante membros de uma expedição no Djibuti, que já encontrou oito exemplares no país africano, sendo três fêmeas e cinco machos, segundo estudo publicado na revista Peerj.
Testes de DNA e uma análise anatômica dos musaranhos capturados confirmaram não apenas que a espécie, considerada extinta há anos, possui exemplares vivos, como também havia sido erroneamente classificada pelos cientistas, provavelmente devido à escassez de dados.
Para resolver esta questão, os autores do estudo propuseram nomear o animal de Galegeeska revoilii, ao invés de Elephantulus revoilii, que resultou ser "incompatível com a filogenia do musaranho".
Os pesquisadores haviam instalado 1.259 armadilhas em 12 locais. Com alguns modelos de distribuição da espécie e potenciais habitats, concluíram que o musaranho é mais comum do que se acreditava e habita zonas quentes, secas e rochosas da Somália, do Djibuti e até da Etiópia.