Militares que realizaram motim no Mali anunciam fechamento de todas as fronteiras do país

© AP PhotoEm Bamaco, tropas do Mali e cidadãos malineses se juntam em frente à residência do presidente do país, Ibrahim Boubacar Keita, em meio a um motim militar em 18 de agosto de 2020.
Em Bamaco, tropas do Mali e cidadãos malineses se juntam em frente à residência do presidente do país, Ibrahim Boubacar Keita, em meio a um motim militar em 18 de agosto de 2020. - Sputnik Brasil
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Um grupo de oficiais das Forças Armadas do Mali realizou um motim nesta terça-feira (18) e deteve o presidente do país, Ibrahim Boubacar Keita, junto com outros membros do governo, forçando-o a renunciar ao cargo.

Os militares que organizaram um motim no Mali anunciaram a criação de um Comitê Nacional para a Salvação do Povo.

"Nós, o Comitê Nacional para a Salvação do Povo, decidimos nos comprometer com o povo e perante a história e garantir a continuação do estado", disse um porta-voz. 

Os instigadores do motim apelaram para uma transformação política que conduza às eleições e asseguraram que respeitariam todos os acordos internacionais.

Além disso, foi anunciado que todas as fronteiras no Mali estarão fechadas até segunda ordem.

A crise política no Mali se instaurou com o aumento das manifestações realizadas por apoiadores da oposição ao governo de Ibrahim Boubacar Keita.

A oposição pressionou o governo de Keita protestando contra a corrupção e a escalada da violência jihadista, além das acusações de sequestros e ameaças de morte contra observadores e autoridades locais durante as eleições legislativas em março.

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