Professor afirma ter encontrado cidade em que Jesus realizou milagres e caminhou sobre as águas

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Acadêmico realiza escavações na Cisjordânia e encontra evidências de que descobriu Betsaida, cidade natal de discípulos de Jesus Cristo e local em que ocorreram milagres.

Rami Arav, professor do Departamento de Filosofia e Religião e do Departamento de História da Universidade de Nebraska, EUA, afirma ter encontrado a localização de Betsaida, também conhecido como Julias, um lugar onde Jesus Cristo teria realizado milagres, escreve o jornal Haaretz.

Em Betsaida, Jesus teria alimentado milhares de pessoas com dois peixes e cinco pães, curado um cego e caminhado sobre as águas. No Evangelho de João, Betsaida também é mencionada como a cidade natal de André, Pedro e Filipe, discípulos de Cristo. Durante décadas, o professor Arav afirmou que a localização da antiga cidade é em e-Tell, um sítio arqueológico na Cisjordânia.

Durante as escavações no local, Arav e sua equipe descobriram fortificações monumentais, um armazenamento de alimentos e um portão da cidade, que os cientistas dizem remontar à Idade do Ferro, e afirmam pertencer à capital de Geshur, que mais tarde se tornou Betsaida.

Geshur é mencionada na Bíblia várias vezes, porém, os historiadores não sabem seu paradeiro. O professor Arav observa que o Livro de Josué lista as cidades ao redor do mar da Galileia no sentido horário, começando com a maior cidade, Zer. E-Tell é o maior de todos os locais ao redor de um lago na região. Zer, afirma Arav, é o nome original de Betsaida.

Os cientistas afirmam que deveria ter sido transcrito como tzed, o que significa tanto a caça quanto a pesca em hebraico, com Betsaida se traduzindo literalmente como a casa da caça ou da pesca. André, Pedro e Filipe, os discípulos de Jesus, que teriam nascido na cidade, eram pescadores.

Outro local potencial para Betsaida é el-Araj, um sítio arqueológico localizado próximo a e-Tell, uma teoria promovida pelo professor R. Steven Notley, do Nyack College, em Nova York, EUA, e Mordechai Aviam, do Kinneret College, no mar de Galileia, Israel.

No entanto, o professor Arav argumenta que el-Araj não passa de um acampamento romano, observando que o professor Notley e sua equipe não descobriram itens da Idade do Ferro lá.

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