Os EUA e a OTAN tentam elaborar formas eficientes de lutar contra os submarinos russos em caso de início de um conflito naval, mas isso pode levar ao uso de armas nucleares.
Tal é a opinião do autor do livro "Diplomacia Naval Soviética" ("Soviet Naval Diplomacy", em tradução livre do inglês), Bradford Dismukes, segundo um artigo publicado na revista acadêmica norte-americana The Naval War College Review.
Segundo Dismukes, os submarinos nucleares russos são uns dos principais elementos da dissuasão nuclear russa. Consequentemente, qualquer ameaça direcionada a tais embarcações causará uma forte reação de Moscou, podendo provocar um conflito nuclear.
"Praticamente em todas as circunstâncias imagináveis, os EUA não devem ameaçar os submarinos nucleares russos com mísseis balísticos a bordo", afirmou o ex-militar.
Ainda de acordo com Dismukes, caso tais ameaças ocorram, "o fracasso é preferível ao sucesso".
Além disso, o veterano acredita que tanto a Marinha americana como seus aliados deveriam rever sua estratégia de luta contra os submarinos russos ao largo do litoral da Rússia.
"De acordo com a velha sabedoria popular, os problemas do homem não aparecem porque ele não saiba algo, mas porque está plenamente convencido de algo", acrescentou.
Neste ano, a Rússia declarou em um documento intitulado "Sobre as Bases da Política Estatal da Federação da Rússia no Campo da Dissuasão Militar" que qualquer míssil disparado contra o seu território será considerado uma arma nuclear, visto que não se sabe, durante o voo do míssil, a natureza de sua carga explosiva.
Desta forma, em caso de ataque com mísseis contra seu território, as Forças Armadas russas responderão usando seu poderio nuclear.