Polícia da Bielorrússia detém homem por suposta ligação com o financiamento de protestos no país

© Sputnik / Viktor Tolochko / Acessar o banco de imagensEm Minsk, polícia detém um manifestante durante protestos após as eleições presidenciais na Bielorrússia, em 9 de agosto de 2020.
Em Minsk, polícia detém um manifestante durante protestos após as eleições presidenciais na Bielorrússia, em 9 de agosto de 2020. - Sputnik Brasil
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A polícia de Minsk, capital bielorrussa, prendeu um homem de 34 anos que coordenava protestos e pagava pessoas para participarem de manifestações contra o governo do país.

A informação foi revelada pelo Ministério do Interior da Bielorrússia neste sábado (22) por meio de redes sociais.

De acordo com o Ministério, a polícia local conseguiu localizar o coordenador depois de prender um homem de 37 anos de Minsk, que informou os policiais sobre uma reunião com os organizadores dos protestos.

"O coordenador o abordou em uma das lojas de alimentos centrais da cidade e se ofereceu para reunir cerca de 10-12 pessoas para participarem de uma manifestação política de massa não autorizada. Depois que o homem concordou, o coordenador deu a ele 60 rublos bielorrussos [cerca de R$ 132] e comprou comida e álcool para ele. A polícia interrompeu uma reunião de conspiradores marcada para 19 de agosto. No momento, está em andamento uma investigação sobre as ações dos dois homens", disse o Ministério por meio de seu canal oficial no Telegram.

Os protestos de massa da oposição eclodiram em toda a Bielorrússia após a divulgação dos resultados da eleição presidencial no país, em 9 de agosto. Oficialmente, o presidente bielorrusso Alexandr Lukashenko foi reeleito para o sexto mandato consecutivo. De acordo com as autoridades eleitorais, Lukashenko venceu as eleições com mais de 80% dos votos. A oposição acusa o presidente de ter fraudado as eleições e aponta que sua principal candidata, Svetlana Tikhanovskaya, foi a verdadeira vencedora. 

© AP Photo / Sergei GritsSvetlana Tikhanovskaya, candidata à presidência da Bielorrússia
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Svetlana Tikhanovskaya, candidata à presidência da Bielorrússia

Desde o início dos protestos, quase sete mil pessoas foram presas no país e pelo menos dois manifestantes morreram.

As cenas de confronto com a polícia rodaram o mundo e autoridades europeias reagiram com ameaças de sanções contra o país. Na quinta-feira (19), o presidente do Conselho Europeu, órgão da União Europeia, Charles Michel, anunciou que a organização decidiu não reconhecer os resultados das eleições bielorrussas e afirmou que sanções serão impostas contra os responsáveis por "violência, repressão e fraude eleitoral".

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