Conforme o plano divulgado pelos congressistas do partido, a ideia é criar condições para atingir a meta global de emissões zero até o ano de 2025.
"A crise climática não é uma ameaça distante. Está aqui agora e será catastrófico se não contra-atacarmos imediatamente", disse o líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, ao lançar o plano "Caso para Ação Climática: Construindo uma Economia Limpa para o povo estadunidense".
"Os democratas estão empenhados em trabalhar - de forma decisiva e agressiva - para evitar os altos custos humanos e econômicos de uma crise climática que se agrava e para orientar a transição para uma economia de baixo carbono", acrescentou Schumer.
Segundo o plano, os gastos federais com ações climáticas serão aumentados para pelo menos 2% do Produto Interno Bruto (PIB) anualmente. Em 2019, o PIB dos EUA acumulou US$ 21,3 trilhões (cerca de R$ 117 trilhões), de acordo com o Departamento do Tesouro estadunidense.
Os democratas também pretendem criar um mínimo de dez milhões de novos empregos a partir da iniciativa e reinvestir pelo menos 40% dos benefícios obtidos em populações negras e latinas, bem como nas comunidades de baixa renda, desindustrializadas e desfavorecidas.
A expectativa é de que o plano será recebido com críticas por parte do presidente dos EUA, Donald Trump, e de membros do partido republicano, que em geral são negacionistas da mudança climática. O governo Trump, que apoia projetos ambientalmente sensíveis como a exploração de petróleo de xisto, notificou a Organização das Nações Unidas (ONU) ainda em 2019 informando que os EUA deixarão, a partir de 4 de novembro deste ano, o Acordo de Paris, um acordo climático global.
A saída está marcada para ocorrer apenas um dia após a eleição presidencial de 3 de novembro, na qual Trump espera garantir um segundo mandato com uma vitória sobre o candidato democrata, Joe Biden. Recentemente, ambos os candidatos foram oficialmente apontados durante a convenção de seus respectivos partidos.