"Se as informações forem precisas, os EUA apoiam o apelo da UE por uma investigação abrangente e estão prontos para ajudar nesse esforço", declarou o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, em um comunicado.
"A família de Navalny e o povo russo merecem que uma investigação completa e transparente seja realizada e que os envolvidos sejam responsabilizados. Nossos pensamentos estão com a família do Sr. Navalny e esperamos sua recuperação total", acrescentou.
Na segunda-feira (24), médicos da clínica Charité de Berlim declararam que Navalny foi envenenado, mas acrescentaram que os testes para determinar a substância exata usada em seu envenenamento continuam.
No entanto, médicos russos disseram discordar da avaliação de seus colegas alemães. Por sua vez, o Klemlin disse não ver nenhum motivo para abrir uma investigação sobre a doença repentina de Navalny, já que a substância exata que o fez adoecer ainda está sendo determinada e o exame médico está em andamento.
Questionado sobre se poderia haver um processo criminal além de médico, o porta-voz russo Dmitry Peskov afirmou que deve haver um motivo para uma investigação e, se um envenenamento for confirmado, pode ser motivo para uma apuração.
"O mais importante no momento é ajudar Navalny a se recuperar", complementou Peskov.
Navalny adoeceu em um voo de Tomsk para Moscou e foi hospitalizado após um pouso de emergência na cidade siberiana de Omsk. A porta-voz de Navalny alegou imediatamente que ele pode ter sido envenenado, mas os médicos de Omsk declararam que não havia traços de veneno no sangue ou na urina de Navalny e sugeriram desequilíbrio metabólico e baixo nível de açúcar como o principal diagnóstico do caso.
No sábado (21), Navalny foi transportado para a clínica Charité em Berlim, onde os médicos disseram que ele parece ter ficado intoxicado com inibidores da colinesterase. Já os médicos russos disseram que a condição de Navalny pode ser causada por uma série de medicamentos ou ocorrer naturalmente.
Moscou vê declarações de autoridades ocidentais em relação a médicos em Omsk em conexão com o incidente com Aleksei Navalny profundamente ofensivas, disse o Ministério das Relações Exteriores russo na terça-feira (25).
"Consideramos as acusações de algum desejo de 'esconder a verdade' das capitais ocidentais contra médicos em Omsk que imediatamente prestaram assistência altamente qualificada a Aleksei Navalny profundamente ofensivas", revelou a pasta em um comentário.