Itália diz que China é parceira estratégica, apesar de pressão dos EUA

© REUTERS / REUTERS TVEm Roma, o chanceler da China, Wang Yi (à esquerda), cumprimenta o ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio (à direita), após encontro diplomático para a assinatura de acordos, em 25 de agosto de 2020.
Em Roma, o chanceler da China, Wang Yi (à esquerda), cumprimenta o ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio (à direita), após encontro diplomático para a assinatura de acordos, em 25 de agosto de 2020. - Sputnik Brasil
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Itália e China precisam estreitar seus laços, disse o ministro das relações exteriores italiano, Luigi Di Maio, nesta terça-feira (25). A declaração pode colocar Roma em conflito com Washington, que costuma criticar as ambições econômicas de Pequim. 

Di Maio falou depois de conversas com o principal diplomata do governo chinês, o ministro das relações exteriores Wang Yi, que está realizando um tour pela Europa que também incluí paradas em Holanda, Noruega, França e Alemanha.

A Itália é a primeira grande economia ocidental a aderir ao projeto de infraestrutura internacional da China, a Nova Rota da Seda, ao assinar uma série de acordos em 2019. 

"Foi um encontro muito proveitoso", disse Di Maio, acrescentando que conversou com Wang sobre como "relançar a parceria estratégica do ponto de vista econômico e industrial".

Wang disse à imprensa que é importante que China e União Europeia fortaleçam as relações e aprofundem a cooperação para combater o coronavírus, informa a agência de notícias Reuters.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, culpa Pequim pela disseminação da doença, que surgiu na China no ano passado. Ele também quer restringir o desenvolvimento global da gigante de telecomunicações chinesa Huawei, que acusa de fazer espionagem para Pequim.

A Itália não acompanha a decisão de Washington de limitar a atuação da Huawei e Di Maio não tocou no assunto durante seu pronunciamento. 

Em uma aparente referência às tensões com Washington, Wang disse que a China não quer uma Guerra Fria. "Uma Guerra Fria seria um retrocesso", disse o diplomata chinês. "Não vamos deixar outros países fazerem isso por seus próprios interesses privados, enquanto prejudicamos os interesses de outros países."

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