Nos primórdios, nosso Sistema Solar poderia ter tido 2 sóis, aponta estudo

© Foto / NASA / JPL-CaltechRepresentação artística do planeta HD 188553 Ab com três sóis
Representação artística do planeta HD 188553 Ab com três sóis - Sputnik Brasil
Nos siga no
De acordo com cientistas, nos primórdios do Sistema Solar, o Sol poderia ter contado com uma estrela companheira, o que seria um sistema binário como muitos outros na Via Láctea.

Mas isso não significa que a visão da Terra jovem seria semelhante à de Tatooine, o planeta fictício que era a casa de Luke Skywalker na famosa saga de "Guerra nas Estrelas".

O segundo Sol estaria a 150 bilhões de quilômetros de distância, tão distante que teria sido apenas um ponto brilhante emissor de luz inferior à emitida pela lua cheia.

Pistas para a possível existência do segundo sol se manifestam em duas peculiaridades no exterior do Sistema Solar, afirmou Amir Siraj, estudante da Universidade de Harvard e autor principal do estudo publicado na revista científica The Astrophysical Journal Letters.

Uma delas é a existência da Nuvem de Oort – a parte mais distante do Sistema Solar, onde se acredita haver cerca de 100 bilhões de objetos gelados donos de raio superior a um quilômetro.

Sabemos que a Nuvem de Oort existe porque, às vezes, esses objetos gelados são perturbados das suas órbitas e acabam entrando no Sistema Solar como cometas. Mas como eles foram parar lá é a questão mais difícil de explicar.

© Foto / ESA/HubbleAlpha Centauri
Nos primórdios, nosso Sistema Solar poderia ter tido 2 sóis, aponta estudo - Sputnik Brasil
Alpha Centauri

De acordo com Siraj, uma das possibilidades é que estes objetos foram lançados para fora do Sistema Solar através de interações com os planetas gigantes. Outra hipótese é que eles são sobras de outros sistemas planetários atraídas pela gravidade do nosso Sol.

Uma teoria popular associa a formação da Nuvem de Oort com os destroços que sobraram após a formação do Sistema Solar e seus vizinhos, onde os objetos foram espalhados pelos planetas a grandes distâncias e alguns foram trocados entre as estrelas.

Mas um modelo binário pode ser a peça que falta no quebra-cabeças e não deve surpreender os cientistas.

"O modelo de captura binário oferece melhora significativa e aprimoramento [em comparação com os modelos anteriores] que é aparentemente óbvio em retrospectiva: a maioria das estrelas semelhantes ao Sol nasce com companheiras binárias."

Se de fato a Nuvem de Oort foi capturada com a ajuda de um companheiro estelar antigo, as implicações para a nossa compreensão da formação do Sistema Solar seriam significativas.

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала