OMS rebate Trump e diz que uso de plasma contra COVID-19 ainda não tem eficácia assegurada

© AP Photo / Juan KaritaFuncionário de enfermagem boliviano mostra uma bolsa de plasma em um banco de sangue em La Paz
Funcionário de enfermagem boliviano mostra uma bolsa de plasma em um banco de sangue em La Paz - Sputnik Brasil
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou cautela quanto ao uso de plasma de pacientes com COVID-19 recuperados para tratar o vírus, alertando que todas as evidências existentes para sugerir que ele realmente funciona ainda são de "qualidade muito baixa".

Falando em uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (24), a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, acrescentou às dúvidas em torno do tratamento, que foi recentemente aprovado pelas autoridades de saúde dos EUA para combater o temido vírus.

"Há uma série de ensaios clínicos em andamento em todo o mundo, analisando o plasma convalescente em comparação com o tratamento padrão", declarou Swaminathan.

"Apenas alguns deles relataram resultados provisórios [...] e, no momento, ainda são evidências de qualidade muito baixa", acrescentou.

No domingo (23), a Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) emitiu uma autorização de emergência para o uso de plasma convalescente para tratar a doença. A FDA o descreveu como um tratamento "promissor", afirmando que os benefícios de tal processo "superam os riscos" que ele pode representar.

© REUTERS / Joshua Roberts Presidente dos EUA, Donald Trump usa máscara protetora durante visita a uma fábrica em Clyde, no estado norte-americano de Ohio, 6 de agosto de 2020
OMS rebate Trump e diz que uso de plasma contra COVID-19 ainda não tem eficácia assegurada - Sputnik Brasil
Presidente dos EUA, Donald Trump usa máscara protetora durante visita a uma fábrica em Clyde, no estado norte-americano de Ohio, 6 de agosto de 2020

O presidente estadunidense Donald Trump elogiou a decisão, apresentando um tom significativamente mais confiante sobre ela e assegurando ao público que o uso de plasma era perfeitamente "seguro".

"O FDA fez a determinação independente de que o tratamento é seguro e muito eficaz", afirmou Trump.

Os EUA continuam sendo a nação mais atingida pelo novo coronavírus, com mais de 5,7 milhões de casos e cerca de 176 mil mortes, de acordo com os últimos dados da Universidade Johns Hopkins. Globalmente, o vírus matou mais de 800 mil pessoas, enquanto quase 23,5 milhões contraíram a doença.

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