"Acho que a União Europeia deseja que a Ucrânia seja um parceiro e deseja que a Ucrânia faça parte da UE. Nem todos os Estados-membros da UE querem, é verdade, nem todos os países. Parece-me que eles não estão 100% confiantes na Ucrânia", revelou o presidente.
Zelensky disse anteriormente que seu governo não estava satisfeito com o status atual da Ucrânia como parceiro da UE. Os dois lados assinaram um acordo de associação em 2014, que a UE afirma ser a principal ferramenta para aproximá-los. Mas uma adesão plena não está à vista.
Passando para o conflito no leste da Ucrânia, Zelensky declarou que o progresso para encerrar a guerra de sete anos não foi tão rápido quanto ele esperava. Ele acrescentou que está contando com a próxima reunião do Formato da Normandia com Ucrânia, Rússia, Alemanha e França.
"Está acontecendo, mas não tão rápido quanto eu esperava. Mas agora há um cessar-fogo. Haverá uma reunião no formato da Normandia", comentou.
Zelensky afirmou não saber quanto tempo levará para resolver a crise, mas espera que a segunda cúpula da Normandia seja realizada antes do final do ano.
Sobre a Bielorrússia, Zelensky pontuou que não queria uma repetição do levante de 2014 no país vizinho do Leste Europeu e não interferiria em seus assuntos internos.
"Eu absolutamente não quero intervir nas eleições da Bielorrússia e não o farei. A Ucrânia não intervirá. É realmente a política deles", sentenciou.
O presidente ucraniano sugeriu que não era tarde para o governo bielorrusso e a oposição iniciarem as negociações. Ele destacou que teria convocado uma nova eleição se fosse o atual presidente Aleksandr Lukashenko.