Desde então o país já registra mais de 117 mil mortes causadas pelo novo coronavírus e 3.717.156 de casos confirmados da doença. Os números fazem do Brasil o segundo país mais afetado, atrás apenas dos EUA.
De acordo com o Ministério da Saúde, em 13 de agosto a doença estava presente em 98,4% dos municípios.
Em entrevista à Sputnik Brasil, Alexandre Chieppe, médico sanitarista da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, diz acreditar que, apesar dos altos números, a pior fase da pandemia no Brasil já ficou para trás.
"Eu diria que a pior fase da doença passou, agora a tendência ainda é obviamente a gente conviver com esse novo coronavírus por muito tempo, até que a gente tenha uma vacina eficaz e com uma cobertura muito elevada no país, mas eu acho que a pior fase passou", disse.
No entanto, apesar de pensar que a pior fase da pandemia da COVID-19 já passou, Chieppe reforça que os cuidados devem ser mantidos.
"A população, seguindo as orientações das autoridades públicas de saúde, deve manter as medidas de precauções, a utilização de máscara e manter aqueles cuidados como a higienização das mãos e a utilização do álcool quando necessário", recomendou.
"A segunda onda está muito mais relacionada ao cometimento daquelas pessoas que em um primeiro momento ficaram isoladas e que depois começaram a se expor. O que a gente está vendo aqui é que efetivamente essa segunda onda não vem acontecendo com a intensidade que algumas pessoas imaginavam. Na verdade, a segunda onda que a gente está vendo é a da interiorização da pandemia", acredita.
Para Chieppe, a partir do momento que uma vacina contra a COVID-19 for aprovada, levará de seis a oito meses até o Brasil conseguir imunizar toda a população.
"O Brasil tem um dos sistemas de imunização mais abrangentes do mundo, então a gente já tem uma experiência de campanha de vacinação, mas é um desafio muito grande. Isso teria que ser escalonado ao longo de alguns meses para que os serviços de saúde tenham capacidade de vacinar essa população toda. A partir de uma disponibilidade de uma vacina certamente a gente precisaria de uns seis meses, oito meses para garantir a vacinação de toda a população", completou.
Segundo o último balanço do Ministério da Saúde, somente nas últimas 24 horas o Brasil registrou 1.085 novas mortes pela COVID-19 e 47.161 novos casos confirmados da doença em relação ao que foi contabilizado na terça-feira (25).