De acordo com a pesquisa, um homem de 25 anos da cidade de Reno, em Nevada, testou positivo para a COVID-19 pela primeira vez em abril, após ter apresentado sintomas leves. Em maio, ele ficou novamente doente e foi identificado que tinha sido infectado novamente pelo vírus, dessa vez de maneira mais grave.
"Esse estudo representa um claro exemplo de reinfecção. As reinfecções são possíveis, o que já era conhecido, pois a imunidade nunca é 100%", disse um dos autores do estudo, o professor de imunologia e microbiologia Kristian Anderson, do Instituto de Pesquisa Scripps, na Califórnia, segundo a agência Reuters.
Cepas diferentes do vírus
Segundo os cientistas, a análise de amostras demonstrou se tratar de cepas geneticamente diferentes do coronavírus. A conclusão dos estudos é de que apesar dos casos de reinfecção serem raros, eles demonstram não ser totalmente garantido que ter a COVID-19 uma vez confere imunidade completa.
"Não sabemos com que frequência as reinfeções ocorrem e como isso pode mudar ao longo do tempo. Antes de termos estudos mais aprofundados esclarecendo essas questões. não podemos concluir o que um simples caso significa para a longevidade e força da imunidade para COVID-19 e a relevância para uma futura vacina", acrescentou Anderson.
O debate sobre a possibilidade de reinfecção pelo coronavírus surgiu no início da pandemia. Embora alguns casos tenham sido registrados, muitas vezes houve dúvida se realmente se tratava de uma nova infeção ou da doença não ter sido completamente curada, com o vírus permanecendo no organismo.
Células T: imunidade contra COVID-19 pode ser maior do que se pensava, dizem cientistas https://t.co/kgLFeLau2C pic.twitter.com/XbCua2JjfO
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) July 17, 2020
Caso confirmado em Hong Kong
No início desta semana, pesquisadores de Hong Kong afirmaram que um homem de 33 anos, que havia se recuperado da COVID-19 em abril, tinha sido contaminado por uma cepa diferente do coronavírus.
No Brasil, possíveis casos de reinfecção estão sendo monitorados, mas até o momento não há comprovação científica de nenhum deles.