A chancelaria russa lembrou que do desenvolvimento de Novichok participaram especialistas de muitos países ocidentais e de estruturas especializadas da OTAN.
"Em relação às afirmações categóricas de que os compostos químicos tóxicos de ação neuroparalítica que no Ocidente são denominados de Novichok foram desenvolvidos aqui, é necessário relembrar o seguinte. Durante vários anos, especialistas de muitos países ocidentais e estruturas especializadas da OTAN trabalharam em compostos incluídos neste vasto grupo de substâncias químicas", afirma o comunicado da chancelaria da Rússia.
Além disso, nos EUA os desenvolvedores de tecnologias para seu uso em combate obtiveram oficialmente mais de uma centena e meia de patentes, ressalta a nota.
Na sexta-feira (4), os ministros das Relações Exteriores da Alemanha e da França, Heiko Maas e Jean-Yves Le Drian respetivamente, emitiram um comunicado conjunto relativamente à situação de Navalny.
O documento afirma que os ministros qualificam o caso como "um golpe muito sério nos princípios fundamentais da democracia e do pluralismo político" e expressam a esperança de que as autoridades russas possam "garantir a criação de condições para a observância dos direitos civis e políticos de seus cidadãos".
Eles também salientaram a importância de uma "explicação" por parte de Moscou relativamente à descoberta, por um laboratório militar alemão, de vestígios de uma substância tóxica parecida com Novichok no organismo do opositor.
Nesta quarta-feira (2), um laboratório militar do governo alemão anunciou que encontrou vestígios de um agente nervoso do grupo Novichok.
Por outro lado, o cientista russo Leonid Rink, que esteve diretamente envolvido no desenvolvimento do Novichok, disse à Sputnik que os sintomas de Navalny são completamente diferentes dos sintomas de envenenamento com esta substância.