Pesquisadores internacionais publicaram na revista Nature um estudo em que mostram como seria a matéria escura se fosse possível vê-la, segundo o portal Universe Today.
A matéria escura compõe 85% de toda a matéria do Universo, mas não interage com a luz, podendo ser vista apenas através da influência gravitacional que ela tem sobre a luz e outras matérias.
No entanto, os cientistas sabem que a matéria escura também é fria, levando a aglomerações que criam grupos de galáxias, e que forma auréolas ao redor das galáxias.
A equipe, composta por pesquisadores do Observatório Astronômico Nacional da China, da Universidade de Durham (Reino Unido) e do Instituto Max Planck (Alemanha), trabalhou com o Centro de Astrofísica Harvard-Smithsoniano dos EUA (CfA, na sigla em inglês), que realizou simulações computadorizadas de uma forma visível da matéria escura.
A equipe do CfA pressupôs que a matéria escura consistia em partículas massivas de interação fraca (WIMPs, na sigla em inglês), com massas cerca de 100 vezes maiores que as de um próton, uma teoria popular na comunidade científica.
As simulações, uma das ferramentas mais fiéis existentes até agora para compreender a matéria escura, imitaram as características da matéria escura em uma escala que varia em 30 ordens de magnitude. Apesar de não ser a primeira simulação dessa matéria, este estudo utilizou uma resolução excepcionalmente elevada.
A matéria escura se juntou em halos em torno das galáxias, tal como previamente teorizado, mas também se formou em todas as escalas de massa, desde pequenas auréolas de massa planetária, até auréolas galácticas e auréolas maciças, que se formam ao redor de aglomerados de galáxias. Um atributo detectado na matéria escura foi que eram particularmente densas no centro, e mais difusas em suas bordas, e isso acontecia em todas as escalas.