A fala vem no contexto da publicação nesta quarta-feira (9) pela CNN de uma entrevista de fevereiro em que Trump teria admitido que minimizou a ameaça representada pela COVID-19. A entrevista faz parte do livro ainda não publicado "Rage" (Raiva, em tradução livre), do proeminente jornalista norte-americano Bob Woodward. A CNN transcreveu a gravação, mas o áudio da entrevista ainda não foi divulgado.
"No dia em que atingimos 190 mil mortos pela COVID-19, acabamos de saber por Bob Woodward [repórter do Washington Post] que ele [Trump] sabia em janeiro o quão mortal era a doença: ele sabia e minimizou. Ele mentiu conscientemente e de boa vontade para o país por meses", disse Biden durante um comício no estado de Michigan, nesta quarta-feira (9).
O democrata afirmou ainda que se Trump "tivesse agido duas semanas antes, 54 mil vidas teriam sido salvas apenas em março e abril". Biden ainda acusou Trump de não fazer seu trabalho de propósito. "É mais que desprezível, é um abandono do dever. É uma vergonha", disse o candidato democrata.
Mais tarde, o líder da minoria no senado dos EUA, Chuck Schumer, ecoou as críticas de Biden em uma entrevista coletiva no Capitólio e disse que agora havia "provas contundentes de que Donald Trump mentiu e pessoas morreram". O senador disse que Trump tratou a COVID-19 como um problema de relações públicas em vez de uma crise séria de saúde.