"Temos tido mais ataques de fogo indireto em torno e contra nossas bases na primeira metade deste ano do que tivemos na primeira metade do ano passado," disse o chefe do Comando Central dos EUA, general Frank McKenzie.
"Eles não têm sido particularmente letais e isso é bom, mas têm sido contínuos", afirmou ele em entrevista ao canal NBC News.
O general americano destacou também que as armas na posse dos grupos de milícias que atacam tropas dos EUA são "muito boas", porém salientou que as armas não são necessariamente eficazes contra os soldados americanos.
"Por alguma razão, talvez seja por causa do seu design, não sabemos, eles não são tão bem-sucedidos em atingir alguém, e isso é uma bênção", comentou McKenzie, acrescentando que ele não sabe quanto tempo isso vai durar.
Apesar de não indicar especificamente os grupos de milícias que mantêm como alvo as tropas americanas no Iraque, ele associou os ataques ao Irã, sugerindo que "o objetivo do Irã é obrigar os EUA a deixar a região".
Além disso, McKenzie disse que Teerã tem tentado influenciar o governo iraquiano para que obrigue os americanos a sair da região.
De acordo com o general, o Exército dos EUA instalou capacidades defensivas adicionais, nomeadamente sistemas de mísseis Patriot, para estar preparado para alegadas "ações agressivas" do Irã na região.
Recentemente a administração do presidente dos EUA Donald Trump anunciou que reduziria a presença militar, afirmando que cerca de 2.000 soldados seriam retirados do Iraque até o final de setembro.