Atualmente, Claver-Carone é assessor de segurança nacional para a América Latina do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
É a primeira vez que o líder da instituição criada após a Segunda Guerra não será um latino-americano. O mandato para chefiar o banco, que promove projetos de desenvolvimento, é de cinco anos. O novo presidente substituirá o colombiano Luis Alberto Moreno a partir de 1º de outubro.
Claver-Carone foi eleito apesar da oposição de vários países, entre eles Argentina e México. A União Europeia e alguns organismos de desenvolvimento também expressaram insatisfação com um nome dos EUA para chefiar a entidade.
Por outro lado, o apoio dos Estados Unidos (que tem 30% dos votos), Brasil (11,3%), Colômbia (3,1%) e outras nações latino-americanas, como Equador, Bolívia e Paraguai, garantiram maioria para o candidato norte-americano.
'Apaixonado defensor'
Em sua apresentação para o painel de governadores do banco, Claver-Carone disse que seria um "apaixonado defensor" da instituição financeira, de acordo com a agência Reuters.
"Meu compromisso segue sendo o mesmo: trabalhar com os países membros do BID para delinear uma estratégia para fortalecer o banco, responder às necessidades da região e criar oportunidades para a prosperidade compartida e o crescimento econômico", acrescentou.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, parabenizou o escolhido.
"Em seu papel no Conselho de Segurança Nacional, o senhor Claver-Carone foi um líder visionário no avanço da prosperidade no Hemisfério Ocidental, e um firme defensor das instituições democráticas e da cooperação em matéria de segurança, que sustentam o crescimento econômico e o desenvolvimento", afirmou Pompeo, segundo a agência AP.