Na Amazônia, as queimadas tiveram aumento de 30% em relação ao ano passado, enquanto o Pantanal registra o maior número de queimadas em uma década - 12.793 focos de incêndio, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) publicados pelo site UOL.
Segundo o levantamento feito pelo site através de dados do Portal da Transparência, as verbas para contratação de profissionais de combate ao fogo e diárias de civis brigadistas foram reduzidas de R$ 23,78 milhões, em 2019, para R$ 9,99 milhões, em 2020.
As verbas para prevenção e controle de incêndios estão em queda pelo segundo ano consecutivo. Em 2018, os valores eram de R$ 53,8 milhões. Em 2019, as cifras caíram para 45,5 milhões, sendo reduzidas para R$ 38,6 milhões.
A situação do Pantanal tem sido apontada como uma das mais graves dos últimos anos. Com os 12.793 focos de incêndio neste ano, a área das queimadas já representa 12% de toda a região do Pantanal, que tem a maior densidade de espécies de mamíferos do mundo. Segundo a publicação, essa densidade é nove vezes maior que a da Amazônia.
Na área da Floresta Amazônica, o número de focos de queimadas chega a 29.307 em agosto, o segundo pior resultado desde 2010, atrás apenas dos registros de 2019.
Segundo a publicação, o Ministério do Meio Ambiente informou que aumentou o número de brigadistas em relação ao governo de Dilma Rousseff, mas não explicou a situação do orçamento. Ainda segundo o site UOL, os editais foram publicados com atraso, o que teria prejudicado a prevenção dos incêndios nas áreas referidas.