A vacinação havia sido interrompida em todo o mundo no dia 6 de setembro após uma participante apresentar uma reação que poderia ter sido causada pelo medicamento. Em nota, a AstraZeneca afirmou que a pausa permitiu "a revisão dos dados de segurança por comitês independentes e reguladores internacionais" e que a retomada foi autorizada pelo Comitê Independente internacional do estudo.
A companhia não divulgou a reação que causou a paralisação dos testes. Todavia, o jornal The New York Times publicou reportagem em que afirma que a paciente teve mielite transversa, uma síndrome inflamatória que atinge a medula espinhal.
Parar os testes para acompanhar uma possível reação adversa é um procedimento padrão do desenvolvimento de vacinas. Os testes no Reino Unido foram retomados no sábado (12).
"No Brasil, ao todo, participam do estudo cinco mil voluntários recrutados em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Até o momento, 4.600 voluntários já foram recrutados e vacinados, sem qualquer registro de intercorrências graves de saúde", afirmou por meio de nota a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), responsável pelos testes no Brasil.
Além da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca, outras iniciativas buscam desenvolver uma forma de tornar a população imune ao coronavírus, como vacinas das farmacêuticas Pfizer e Moderna e a do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, batizada de Sputnik V.