Trump diz que 'não teria problema nenhum' em vender armas a países do golfo Pérsico

© REUTERS / Leah MillisDonald Trump falando durante coletiva de imprensa
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EUA têm até hoje uma política de não vender armas aos países do golfo Pérsico, que poderiam minar a vantagem militar de Israel, aliado de longa data dos norte-americanos na região.

O presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que não vê nenhum problema em vender armas fabricadas nos EUA para os países do golfo Pérsico, em vez de vendê-las exclusivamente para Israel na região.

"Eles são países muito ricos em sua maior parte. Eu pessoalmente não teria nenhum problema com isso [vender as armas]. Algumas pessoas têm, dizem [...] que talvez vão para a guerra", afirmou Trump em entrevista ao canal Fox News.

A declaração do presidente norte-americano ocorre após Israel fechar dois acordos de paz com países do golfo Pérsico, os Emirados Árabes Unidos (EAU) e Bahrein, em questão de semanas, supostamente abrindo caminho para o desejo há muito acalentado de Abu Dhabi de comprar dos norte-americanos caças F-35, jatos EA-18G Growler e drones Reaper. O acordo entre Israel e os países do golfo Pérsico deve ser assinado nesta terça-feira (15).

© REUTERS / Issei KatoCaça furtivo F-35
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Caça furtivo F-35

Após o anúncio do acordo entre os EAU e Israel, surgiram informações conflitantes sugerindo que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu se opôs à venda de armas norte-americanas para Abu Dhabi e silenciosamente a aprovou. O próprio Netanyahu negou os relatos sobre a venda de armas como parte do acordo de Israel com Abu Dhabi.

Trump 'poupou' Assad

Trump esclareceu que está especificamente pronto para vender a última geração do jato F-35, observando que tal oportunidade significaria "empregos fantásticos em casa". Falando sobre o mundo árabe, o presidente norte-americano acrescentou em nota lateral que "teve a chance" de "tirar" o presidente sírio Bashar Assad, mas optou por não o fazer devido à oposição do então secretário de Defesa dos EUA, James Mattis.

"Não, não me arrependo. Eu poderia ter convivido com isso de qualquer maneira. Certamente não o considerava uma boa pessoa", confessou Trump.

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