Espionagem: EUA afirmam que não enviaram para Venezuela cidadão americano preso por terrorismo

© AP Photo / Armando FrancaConselheiro dos EUA para o Irã e a Venezuela, Elliot Abrams
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O cidadão norte-americano preso na Venezuela sob acusação de espionagem não foi enviado ao país pelos Estados Unidos, disse nesta quarta-feira (16) alto funcionário do governo Trump. 

Na segunda-feira (14), o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou que um homem identificado como Matthew John Heath, preso na semana passada, tinha sido denunciado por terrorismo e tráfico de armas. 

Segundo as autoridades da Venezuela, ele estava planejando ataques contra a indústria petrolífera e o sistema elétrico do país, que enfrenta pressão significativa especialmente durante a atual pandemia.

O enviado especial dos EUA para o Irã e a Venezuela, Elliot Abrams, por sua vez, disse que o governo norte-americano não tinha responsabilidade pela ida de Heath ao território venezuelano. 

"Por tudo que vi, posso dizer que os o governo dos Estados Unidos não enviaram o senhor Heath para a Venezuela", disse Abrams, segundo publicado pela agência Reuters. 

O funcionário afirmou ainda que, por razões de privacidade, não podia comentar o caso detalhadamente. Ele também disse que a Venezuela "é particularmente difícil porque nós não temos uma embaixada com seção consular em Caracas". 

Invasões partiriam da Colômbia

Uma fonte anônima do governo dos EUA, segundo a Reuters, esclareceu que Washington estava investigando o caso, mas recomendou ceticismo sobre o assunto. 

De acordo com as autoridades venezuelanas, Heath entrou na Venezuela ilegalmente pela fronteira com a Colômbia. O homem foi preso junto a três cidadãos venezuelanos, que foram acusados de traição. O grupo tinha em sua posse armas, um celular via satélite, explosivos plásticos e dólares. Heath também tinha roupas "alusivas" a uma agência estatal.

No mês passado, a Venezuela sentenciou dois ex-soldados dos EUA a 20 anos de prisão por seu papel em uma incursão marítima fracassada a seu território, que teria partido da Colômbia. O objetivo da ação, de acordo com o governo venezuelano, era derrubar o presidente Nicolás Maduro do poder. 

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