No sábado (19), o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, disse que todas as sanções das Nações Unidas contra o Irã foram restauradas, enquanto um embargo de armas convencionais ao país não expirará mais em meados de outubro.
"Hoje o Irã ainda está lutando uma guerra. A América travou uma guerra contra o Irã sem sangue", destacou Zanganeh, segundo a agência de notícias do Ministério do Petróleo, SHANA, nesta segunda-feira (21).
Zanganeh pediu aos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) no domingo (20) que "denunciem o uso de petróleo como ferramenta política para a imposição de sanções e pressões sobre as nações produtoras de petróleo".
Washington também pode punir mais de duas dezenas de pessoas e entidades envolvidas nos programas nucleares, de mísseis e de armas convencionais do Irã, de acordo com um alto funcionário dos EUA citado pela agência Reuters.
No entanto, 13 dos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU insistem que a medida de Washington é nula. Diplomatas dizem que poucos países deverão reimpor as medidas. Eles foram suspensos sob um acordo de 2015 entre as potências mundiais e o Irã, que visava impedir o desenvolvimento de armas nucleares por Teerã.
Washington enfrenta a derrota em sua ação para impor as sanções da ONU a Teerã, disse o presidente iraniano Hassan Rouhani no domingo (20).
"Os Estados Unidos estão se aproximando de uma certa derrota em suas sanções", afirmou Rouhani em um discurso televisionado. "Ele enfrentou derrota e resposta negativa da comunidade internacional. [O Irã] nunca cederá à pressão dos EUA", prosseguiu ele, acrescentando que o país dará uma resposta esmagadora ao bullying dos EUA.
O rial iraniano, moeda da República Islâmica, caiu para uma baixa recorde em relação ao dólar dos EUA no domingo (20), após a declaração do governo Trump.
França, Reino Unido e Alemanha, que são as três partes europeias do acordo nuclear, disseram em um comunicado no domingo (20) que qualquer decisão ou ação tomada para reimpor as sanções da ONU "seria incapaz de ter efeito legal", uma vez que os EUA evocaram um mecanismo do documento que Washington abandonou em 2018.