Os militares da ilha disseram que várias aeronaves chinesas cruzaram a linha média do estreito de Taiwan e entraram na zona de identificação de defesa aérea na sexta-feira (18) e no sábado (19).
Em resposta, Taiwan teve que preparar jatos para interceptar, de acordo com os militares em Taipei, que tinham procedimentos "claramente definidos" para a primeira resposta da ilha em meio à "alta frequência de assédio e ameaças de navios de guerra e aeronaves inimigas neste ano".
A ilha afirma ter o direito de se defender e contra-atacar e "não tem medo do inimigo", mas não o provoca.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, afirmou a repórteres em Pequim nesta segunda-feira (21) que "Taiwan é uma parte inseparável do território chinês", acrescentando que "a chamada linha média do estreito não existe".
As tensões aumentaram drasticamente nos últimos meses entre Taipei e Pequim, e os exercícios chineses ocorreram na semana passada, depois que Pequim expressou discordância pelas visitas de altos funcionários dos EUA a Taipei.
Em agosto, o secretário de Saúde dos EUA, Alex Azar, visitou Taiwan. Outra visita, de Keith Krach, subsecretário para assuntos econômicos, ocorreu na semana passada.
Enquanto isso, o editorial do jornal oficial China Daily nesta segunda-feira (21) afirmou que os EUA estavam tentando usar Taiwan para conter a China.
Na semana passada, o senador republicano Rick Scott apresentou nos EUA um projeto de lei "para impedir o uso da força pela China" contra Taiwan. A proposta de Lei de Prevenção de Invasão de Taiwan visa estabelecer "autorização limitada para o presidente [dos EUA] usar força militar com o propósito específico de proteger e proteger Taiwan contra ataques armados", informou um comunicado de Scott na quinta-feira (17).
O projeto de lei permitiria aos EUA reforçar sua política de longa data sobre Taiwan, fortalecendo a capacidade da ilha de resistir às ações da China.