Europa não aceitará as sanções dos EUA sobre Irã, diz Macron em discurso na ONU

© REUTERS . ONUNa sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York, o presidente francês Emmanuel Macron discurso por vídeo na 75ª sessão da Assembleia Geral da ONU, em 22 de setembro de 2020.
Na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York, o presidente francês Emmanuel Macron discurso por vídeo na 75ª sessão da Assembleia Geral da ONU, em 22 de setembro de 2020. - Sputnik Brasil
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Os signatários europeus do Plano Conjunto de Ação Integral (JCPOA) não aceitarão a política dos Estados Unidos de sancionar o Irã, disse o presidente francês Emmanuel Macron durante seu discurso na 75ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (22).

"Não vamos nos comprometer com a ativação de um mecanismo que os Estados Unidos não estão em posição de ativar por conta própria depois de deixar o acordo", disse Macron durante seu discurso transmitido remotamente devido à pandemia da COVID-19.

"Isso prejudicaria o Conselho de Segurança [da ONU] e a integridade de suas decisões e agravaria ainda mais as tensões na região", acrescentou.

O líder francês apelou à comunidade internacional para construir um quadro de ação útil e cumprir o acordo nuclear iraniano. Macron observou ainda que a política de "pressão máxima" dos EUA não atingiu a meta de encerrar a "atividade desestabilizadora" do Irã.

Em 2015, o Irã assinou o JCPOA junto com Rússia, China, França, Alemanha, União Europeia, Reino Unido e Estados Unidos. O acordo exigia que o Irã reduzisse seu programa nuclear e diminuísse suas reservas de urânio em troca do levantamento de sanções contra o país, incluindo a suspensão do embargo de armas cinco anos após a adoção do acordo.

© AP Photo / Gabinete presidencial iranianoEm Teerã, o presidente do Irã, Hassan Rouhani, ajusta sua máscara em frente a um painel no qual se lê "a Presidência", em farsi, durante encontro no quartel-general de luta combate à COVID-19 no país, em 18 de julho de 2020.
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Em Teerã, o presidente do Irã, Hassan Rouhani, ajusta sua máscara em frente a um painel no qual se lê "a Presidência", em farsi, durante encontro no quartel-general de luta combate à COVID-19 no país, em 18 de julho de 2020.

Em 2018, o governo do presidente norte-americano, Donald Trump, decidiu abandonar unilateralmente o acordo, retirando-se do JCPOA e implementando políticas de "pressão máxima" contra Teerã.

No início deste ano, Washington lançou uma campanha pela restauração das sanções internacionais contra o Irã, especificamente, uma extensão do embargo de armas, mas teve os planos rejeitados pela comunidade internacional.

Na segunda-feira (21), o governo dos EUA anunciou novas sanções contra o Irã. O enviado de Washington para o Irã, Elliott Abrams, disse que os EUA ampliarão as sanções contra Teerã até que o país retorne à mesa de negociações.

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