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Bolsonaro discursa na abertura da 75ª Assembleia Geral da ONU (VÍDEO)

© REUTERS / Adriano MachadoPresidente do Brasil, Jair Bolsonaro, discursa na tomada de posse do novo ministro da Saúde Eduardo Pazuello, Palácio do Planalto, Brasília, Brasil, 16 de setembro de 2020
Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, discursa na tomada de posse do novo ministro da Saúde Eduardo Pazuello, Palácio do Planalto, Brasília, Brasil, 16 de setembro de 2020 - Sputnik Brasil
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O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, discursa, neste momento, na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), dando início à 75ª edição do evento.

Mantendo a tradição, o chefe de Estado brasileiro é o primeiro líder a discursar na Assembleia Geral da ONU. Neste ano, por conta da pandemia da COVID-19, os discursos dos representantes de cada país serão realizados remotamente, via vídeo, e a expectativa é a de que tratem de algumas das principais ameaças internacionais da atualidade, como o surto do novo coronavírus e as mudanças climáticas. 

Confirmando informações prévias que circularam na imprensa brasileira, Bolsonaro fez uma fala concentrada principalmente na defesa do seu governo contra críticas feitas à gestão ambiental e à condução da crise da COVID-19 pela sua administração.

Em vídeo gravado há alguns dias, o presidente destacou algumas pautas polêmicas, afirmando que o Brasil tem sido alvo de uma campanha de desinformação envolvendo atores internos e externos.

Para o chefe de Estado, a maneira como sua administração tem lidado com o surto do novo coronavírus também tem sido a mais correta possível, buscando equilibrar o impacto sanitário com o econômico em meio a acusações de opositores e da imprensa, que teriam politizado o debate em torno do vírus.

"A COVID-19 ganhou o centro de todas as atenções ao longo deste ano. E, em primeiro lugar, quero lamentar cada morte ocorrida. Desde o princípio, alertei, em meu país, que tínhamos dois problemas para resolver, o vírus e o desemprego, e que ambos deveriam ser tratados simultaneamente e com a mesma responsabilidade", disse.

Segundo Bolsonaro, o país tem sofrido críticas injustas no que diz respeito às queimadas e ao desmatamento em seus biomas, sendo, ao contrário, um exemplo de cuidados com o meio ambiente.

"Nossa floresta é úmida e não permite a propagação do fogo em seu interior. Os incêndios acontecem praticamente nos mesmos lugares, no entorno leste da floresta, onde o caboclo e o índio queimam seus roçados em busca de sua sobrevivência, em áreas já desmatadas. Os focos criminosos são combatidos com rigor e determinação."

Pautado por esses cuidados, o agronegócio brasileiro, de acordo com o presidente, tem sido extremamente importante para a segurança alimentar mundial ao longo desse período de crises.

"O Brasil contribuiu para que o mundo continuasse alimentado", afirmou. "Nosso agronegócio continua pujante e, acima de tudo, possuindo e respeitando a melhor legislação ambiental do planeta", acrescentou, dizendo que o país tem sido alvo de informações falsas por despontar como o maior produtor mundial de alimentos. 

O presidente elogiou as medidas econômicas que vêm sendo adotadas pela equipe do ministro Paulo Guedes tanto no plano geral como no contexto da pandemia, citando a ajuda a empresários e a pessoas em geral afetadas pelo surto do novo coronavírus e afirmando que, em seu governo, o Brasil está abandonando o protecionismo e realizando reformas liberalizantes da economia.

Ainda na área econômica e comercial, sublinhou, entre outras coisas, que o país defende uma reforma na Organização Mundial do Comércio (OMC), está adotando as medidas necessárias para aderir à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e segue comprometido com o acordo firmado entre Mercosul e União Europeia.

No que diz respeito às questões internacionais em si, Bolsonaro reafirmou o compromisso do Brasil com os princípios defendidos pela ONU, citando a atuação humanitária do país no acolhimento a imigrantes, a cooperação com outras nações, respeito a liberdades fundamentais e defesa da paz e da segurança internacional. Ele destacou o repúdio ao terrorismo, promoção da democracia na América Latina e planos de pacificação no Oriente Médio, comentando os recentes acordos envolvendo Israel e elogiando a iniciativa do presidente norte-americano, Donald Trump, para acabar com o conflito entre israelenses e palestinos. 

​Ao final de seu discurso, após falar em liberdade religiosa, Bolsonaro afirmou que o Brasil é um país cristão e conservador e que espera o apoio da comunidade internacional para combater a "cristofobia".

"Deus abençoe a todos. O meu muito obrigado."

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