Lukashenko tomou posse em cerimônia com algumas centenas de convidados no Palácio da Independência em Minsk, capital da Bielorrússia.
Entre os convidados figuram deputados do parlamento do país e membros do Conselho da República, dirigentes de órgãos estatais, meios de comunicação, assim como autoridades da ciência, cultura e esporte do país, publicou a agência Belta.
No evento, Lukashenko pronunciou juramento de posse em língua bielorrussa dizendo:
"Recebendo o cargo de Presidente da República da Bielorrússia, juro solenemente servir fielmente ao povo da República da Bielorrússia, respeitar e proteger os direitos e liberdades do ser humano e cidadão, cumprir e defender a Constituição da República da Bielorrússia, executar sagradamente e de boa consciência as elevadas obrigações que me foram confiadas."
Logo em seguida, o presidente assinou a ata de juramento, recebendo em seguida a credencial de Lidia Ermoshina, presidente do Comitê Central Eleitoral da Bielorrússia.
Lukashenko se tornou presidente da Bielorrússia pela sexta vez seguida desde 1994, após vencer os candidatos da oposição na última eleição de 9 de agosto.
Defesa da soberania
Tendo em vista o cenário político internacional no contexto das eleições e do momento histórico do país, Lukashenko declarou:
"O dia da tomada de posse do presidente é o dia de nossa vitória final e decisiva. Nós não só elegemos o presidente do país, nós defendemos nossos valores, nossa vida pacífica, soberania e independência. E neste sentido ainda nos falta fazer muita coisa."
Ainda na ocasião, o empossado se focou em sua política social.
"[...] Até mesmo nos momentos mais difíceis nós não abandonamos nossa política social, a [política] de um Estado orientado para o social. A ajuda aos aposentados, às famílias numerosas e às camadas mais vulneráveis da sociedade continua sendo um cartão de visita da via bielorrussa em quaisquer circunstâncias e em quaisquer condições", acrescentou.
Eleições tensas
Após o anúncio dos resultados preliminares em 9 de agosto que apontavam para a vitória de Lukashenko, apoiadores da oposição do país saíram às ruas de diferentes cidades bielorrussas para protestar.
Entretanto, a oposição do país, tendo como um de seus líderes a então candidata à presidência Svetlana Tikhanovskaya, exigiu a mudança de poder na Bielorrússia.
Os protestos se prolongaram na Bielorrússia, enquanto Lukashenko acusou os EUA e países europeus de estarem por trás das manifestações.