A contagem vai de 1º de setembro até a última quarta-feira (23). Ou seja, os números devem aumentar ainda mais até o fim do mês. Na comparação com setembro do ano passado, quando foram registrados 1.944 focos de incêndios, o crescimento é de 109%.
Em relação à média histórica do mês, os números atuais são 211% maiores. O recorde mensal anterior tinha sido registrado em agosto de 2005, com 5.993 focos de incêndios. A série histórica do INPE teve início em 1998.
Em agosto passado foi contabilizado o segundo maior número de incêndios para o mês desde o início da série. Em julho houve recorde de queimadas. O ano de 2020 já atingiu o maior número de focos de incêndios (16.201), superando o registrado em 2005 (12.536).
Devastação atinge refúgio de onças-pintadas
Perícias realizada na região indicam que parte dos incêndios foram provocados por ação humana. Além disso, o bioma enfrenta um período de estiagem que agrava o problema. Nos últimos dias, choveu no Pantanal, mas não o suficiente para apagar o fogo.
Após dois meses de fogo, Força Nacional envia bombeiros para combater incêndios no Pantanal https://t.co/LsW4sBWPNe pic.twitter.com/5G4lBznqwm
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) September 23, 2020
A devastação causada pelas queimadas atinge santuários ecológicos e reservas de animais símbolos da região, como o Parque Estadual Encontro das Águas, refúgio da onça-pintada.
Segundo o INPE, a perda de cobertura florestal no bioma até 31 de agosto é de 12%, o que representa 18,6 km².
Em seu discurso na abertura da Assembleia-Geral da ONU, nesta terça-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil é "vítima de de uma das mais brutais campanhas de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal".