Coberto por uma camada de terra de pelo menos um metro, o túmulo foi encontrado em boas condições e é de 1.500 anos atrás.
O túmulo em questão foi encontrado por puro acaso, enquanto obras de construção eram realizadas perto do município de Brucken-Hackpfuffel.
Dentro do túmulo, foi encontrada uma grande caldeira de bronze rodeada por seis esqueletos femininos. Até o momento, não se sabe onde estão os restos mortais da pessoa que mandou construir a sepultura. No entanto, pesquisadores suspeitam que "o dono" da sepultura tenha sido cremado e os seus restos mortais colocados na caldeira.
Brücken-Hackpfüffel ... ein Fundortname wie Musik - und wie gemacht für ein #völkerwanderungszeit-liches Gräberfeld im Mansfelder Land.
— Jens Notroff (@jens2go) September 18, 2020
Und *was* für ein Fund das ist! 👏https://t.co/REY60D0hJl via @SZ
O túmulo em análise encontrava-se em um cemitério com outras 60 sepulturas da mesma época – entre os anos 480 e 530. Dentro de todas foram descobertos ricos enxovais funerários, entre eles uma copa e espiral de carretel de vidro, um broche de prata, um escudo e uma espada.
Porém, o que mais surpreendeu os arqueólogos foi uma moeda de ouro com o retrato do imperador bizantino, Zenão I, cunhada no ano de 480.
Todas estas descobertas foram possibilitadas por dois fatores: o cemitério ter se mantido intacto por mais de 15 séculos, e de estar protegido por uma depressão geológica natural.
De acordo com Susanne Friederich, diretora do projeto e do Museu Estatal de Pré-história da cidade de Halle, "ao longo do tempo, o cemitério chegou a estar coberto por uma capa de terra de pelo menos 1,2 metro. É uma circunstância fantástica, porque nenhum arado infligiu danos nas sepulturas, e da superfície não se conseguia ver nada", publicou o jornal Suddeutsche Zeitung.
Agora, espera-se que os túmulos e seus restos possam oferecer informações valiosas sobre como seria a vida no período das grandes migrações no continente europeu.