O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste sábado (26) a juíza Amy Coney Barrett como sua escolha para a Suprema Corte, durante um discurso na Casa Branca.
"Hoje tenho a honra de nomear uma das mentes jurídicas mais brilhantes e talentosas de nossa nação para a Suprema Corte. Ela é uma mulher de realizações incomparáveis, intelecto elevado, credenciais excelentes e lealdade inflexível à Constituição. Juíza Amy Coney Barrett", anunciou o presidente, acompanhado pela própria Barrett.
Barrett agradeceu ao presidente pela nomeação e elogiou a juíza Ruth Bader Ginsburg.
"A bandeira ainda está flamulando a justiça de Ruth. Ela conseguiu a admiração das mulheres pelo mundo e foi uma mulher de gigantesco talento, sua vida pública foi um exemplo para nós", disse Barrett sobre Ginsburg.
O candidato democrata à presidência dos EUA, Joe Biden, reagiu imediatamente ao anúncio, pedindo ao Senado para barrar a nomeação de Barrett à Suprema Corte.
"O povo americano sabe que as decisões da Suprema Corte dos Estados Unidos afetam sua vida cotidiana. A Constituição dos Estados Unidos foi elaborada para dar aos eleitores uma chance de ter sua voz ouvida sobre quem faz parte da Corte. Esse momento é agora e sua voz deve ser ouvida. O Senado não deve agir sobre essa vaga antes do povo americano escolher seu próximo presidente e o próximo Congresso", disse Biden em seu comunicado.
Barrett, de 48 anos, é católica e defende posições anti-aborto e pró-armas. Além disso, é mãe de sete filhos, dois deles adotados no Haiti, e um com síndrome de Down. Um comitê do Senado, de maioria republicana, ainda precisa aprovar a escolha do presidente.
"Se confirmada [pelo Senado], a juíza Barrett fará história como a primeira mãe de crianças em idade escolar a servir na Suprema Corte dos Estados Unidos", destacou Trump, ao anunciá-la como sua indicada.