Em discurso divulgado pela Assembleia Geral das Nações Unidas neste sábado (26), Vladimir Makei abordou a questão da crise que tomou da Bielorrússia após a reeleição do presidente Aleksandr Lukashenko no mês passado dizendo que, após tentativas fracassadas de impor "revoluções coloridas" ao país, há, agora, uma "interferência externa" com o objetivo de minar a própria construção do Estado bielorrusso.
"Notamos com pesar as crescentes tentativas de uma série de países de abusar da plataforma da ONU, incluindo o Conselho de Segurança, para promover seus próprios interesses políticos estreitos. Isso inclui algumas nações ocidentais concentrando sua atenção na situação da Bielorrússia", disse o chanceler.
EUA dizem que Lukashenko não é o presidente legítimo da Bielorrússia https://t.co/hacOAcr2JM pic.twitter.com/cdFZQ9Fcrq
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) September 23, 2020
Segundo Makei, declarações feitas por "colegas ocidentais" sobre suas "alegadas preocupações com a soberania e o bem-estar da Bielorrússia" seriam cínicas e teriam como objetivo atrasar o desenvolvimento do país.
"Na verdade, elas nada mais são do que tentativas de trazer o caos e a anarquia ao nosso país, para fazer a Bielorrússia perder muitos anos de desenvolvimento."
Para o ministro, em vez de tentar interferir em assuntos internos de Estados soberanos, os atores internacionais deveriam demonstrar imparcialidade e respeito às decisões tomadas pelo povo bielorrusso.
"Interferências em nossos assuntos internos, sanções e outras restrições à Bielorrússia terão o efeito oposto e são prejudiciais para absolutamente todos", afirmou, acrescentando que "o futuro não deve ser decidido nas barricadas, mas através do diálogo civilizado, inclusive por meio do processo de reforma constitucional já iniciado".