Segundo levantamento publicado pelo jornal Folha de São Paulo, do total de candidaturas computadas até agora, 51% são de candidatos negros, ou 263 mil candidaturas contra 248 mil candidatos brancos, o que representa 48% do total. Entre os negros, 208 mil se declaram pardos e 55 mil, pretos.
A cor dos candidatos passou a ser perguntada nos registros apenas em 2014 e até agora as eleições não tinham registrado maioria negra entre as candidaturas, apesar de que o grupo representa a maior parte da população brasileira.
Em 2020, até agora o número total de candidatos computados foi recorde, com 523 mil candidaturas postuladas no TSE, que espera receber até 645 mil candidaturas. Os números seguem sendo processados.
O aumento do número de candidatos negros se dá no contexto da introdução de ações afirmativas nas eleições deste ano, garantindo o aumento de verbas de propaganda eleitoral e campanha de candidaturas negras nos partidos.
A confirmação da medida, que foi implementada por decisão liminar do ministro Ricardo Lewandowski, será avaliada pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) ao longo da semana.
O TSE havia decidido que a partir das eleições de 2022, as verbas de campanha e propaganda eleitoral deverão ser divididas de forma equânime entre negros e brancos nos partidos.