Segundo publicou a coluna do jornalista Guilherme Amado no site da revista Época, a Fundação Palmares abriu apenas um edital ao longo de 2020 e não terá atividades voltados à comemoração do mês da consciência negra.
Até agora, o único edital publicado pela organização, de R$ 690 mil, foi voltado para premiar 100 iniciativas de cultura negra no país. Apesar de não ter nada específico voltado à consciência negra, a Fundação afirma que o resultado do edital será divulgado em novembro.
Os dados, informa a coluna, foram obtidos via Lei de Acesso à Informação por Marivaldo Pereira, que é militante do movimento negro e também já foi candidato ao Senado Federal, em 2018, pelo PSOL.
Ao longo da gestão do atual secretário, Sérgio Camargo, a Fundação Palmares mudou de postura em relação às comemorações do 20 de novembro, o dia da consciência negra. Crítico do movimento negro, Camargo, em mais de uma ocasião, se disse favorável a dar mais importância ao 13 de maio, quando se comemora a data da assinatura da Lei Áurea.
O 20 de novembro é considerado pelo movimento negro como uma data mais adequada para comemorar a cultura negra no país por simbolizar a resistência contra o racismo no Brasil.