De acordo com denúncias do Ministério Público Federal (MPF), que investiga fraudes no setor, o valor desviado no período supera aquele que foi gasto pelo governo do RJ com a pandemia, destaca o portal. Segundo a Comissão Especial de Gastos com a COVID-19, foram executados R$ 1,7 bilhão em cerca de 120 contratos.
Wilson Witzel é 6° governador do RJ investigado por corrupção em menos de 4 anoshttps://t.co/1O3s2pjBii
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) August 28, 2020
Levando em conta apenas os valores gastos na pandemia da COVID-19, cerca de R$ 700 milhões estão sob suspeita de desvios. As operações Favorito e Tris in Idem, que levaram ao afastamento do governador Wilson Witzel e à prisão do secretário de Saúde Edmar Santos, apontam fraudes de R$ 697.100.000.
Operação Tris in Idem
Deflagrada pela Procuradoria-Geral da República, a operação prendeu sete pessoas, entre elas, o Pastor Everaldo, presidente do PSC, e o ex-secretário de Saúde Lucas Tristão. O governador e outras oito pessoas, incluindo a primeira-dama Helena Witzel, também foram denunciados por corrupção.
O Ministério Público Federal (MPF) afirma ter encontrado diferentes formas de desvio. Uma delas era via o escritório de advocacia da primeira-dama. O escritório, que não tinha nenhum outro funcionário, recebeu R$ 554 mil suspeitos de ser propina para Witzel entre 13 de agosto de 2019 e 19 de maio de 2020, segundo o MPF. Desse montante, R$ 74 mil foram repassados diretamente para o governador.