Estudo liderado pela arqueóloga Victoria Smith, da Universidade de Oxford, Reino Unido, conseguiu localizar no tempo a famosa erupção Tierra Blanca Joven, que provavelmente devastou as comunidades maias que viviam no território que hoje pertence a El Salvador.
De acordo com os resultados publicados na segunda-deira (28) na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, o vulcão Ilopango explodiu em 431 d.C., com margem de erro de dois anos para mais ou para menos.
Os geólogos chamaram a erupção de Tierra Blanca Joven devido à camada de cinzas que ficou por toda a região afetada. Tierra Blanca Joven foi tão poderosa que áreas dentro de 80 quilômetros ficaram inabitáveis por anos e possivelmente décadas após a explosão.
Smith e seus colegas mediram a profundidade das camadas em 72 locais na área ao redor de Ilopango. Eles usaram esses dados para criar um modelo 3D das cinzas e rochas que Ilopango havia jogado fora e para simular alguns aspectos da erupção.
Sem relatos escritos e apenas evidências arqueológicas limitadas, ainda não se sabe quantas pessoas morreram, quantas casas foram destruídas ou quantos avisos as pessoas tiveram.
A equipe espera que outros pesquisadores trabalhem com a nova data estabelecida e tentem correlacioná-la com eventos em 431 d.C. e nos anos imediatos que se seguiram. Outras pesquisas já demonstraram que erupções vulcânicas têm um longo alcance, influenciando eventos no outro lado do mundo.