Origem solitária de uma das supernovas mais famosas é revelada

© NASA . NASA, JPL-CaltechSupernova Cas A, na constelação de Cassiopeia, ajudou os astrônomos a revelar qual destino espera a Terra e outros planetas do Sistema Solar após a morte do Sol
Supernova Cas A, na constelação de Cassiopeia, ajudou os astrônomos a revelar qual destino espera a Terra e outros planetas do Sistema Solar após a morte do Sol - Sputnik Brasil
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Um estudo recém-publicado, liderado pelo Centro de Excelência para Descoberta de Ondas Gravitacionais ARC (OzGrav, na sigla em inglês), sugeriu um novo cenário para criação destas estrelas solitárias. A supernova em questão é a Cassiopeia A.

"Em nosso cenário, a estrela de envoltura externa apenas podia ter uma companheira binária de massa muito similar à da dela. Devido às massas serem similares, possui tempo de vida semelhante, o que significa que a explosão da primeira estrela ocorrerá quando a segunda estrela está próxima da morte também", afirmou o líder do estudo dr. Ryosuke Hirai.

Nos últimos anos de suas vidas, as estrelas massivas são convertidas em supergigantes vermelhas com camadas externas instáveis e inchadas.

Com isso, a primeira supernova do sistema estelar binário atinge a supergigante vermelha inchada, que pode remover facilmente as camadas externas, convertendo estas supergigantes em uma estrela de envoltura externa.

As estrelas se desfazem depois da supernova, pela qual a estrela secundária se converte em uma viúva estelar solitária, parecendo estar sozinha quando explode um milhão de anos depois.

© Foto / ESO/NASAPartículas de gás formando supernova remanescente 1E 0102.2-7219
Origem solitária de uma das supernovas mais famosas é revelada - Sputnik Brasil
Partículas de gás formando supernova remanescente 1E 0102.2-7219

Cientistas realizaram simulações hidrodinâmicas de uma supernova que impacta com uma supergigante vermelha para investigar a quantidade de massa que se pode eliminar mediante este processo.

Com isso, eles descobriram que se as duas estrelas estiverem suficientemente próximas, a supernova pode remover quase 90% da envoltura, a camada exterior da estrela companheira.

"Isto é suficiente para que a segunda supernova do sistema binário se converta em uma supernova de envoltura externa, o que confirma que nosso cenário proposto é plausível [...]. Inclusive, caso não esteja suficientemente próxima, ainda pode eliminar uma grande parte das camadas externas, fazendo com que a envoltura já instável seja ainda mais instável, o que leva a outros fenômenos interessantes como pulsações ou erupções", afirma Hirai.

Observações recentes revelaram que, de fato, há uma camada de material localizada a aproximadamente 30 a 50 anos-luz de distância da Cassiopeia A.

"Isso pode ser uma evidência indireta de que a Cassiopeia A foi criada originalmente através de nosso cenário, o que explica por que não possui uma estrela binária companheira", explicou.

Por sua vez, os cientistas afirmaram que este cenário possui uma grande diversidade de possíveis resultados, como, por exemplo, a produção de uma quantidade de estrelas parcialmente condenadas.

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