De acordo com a pasta, o lançamento do programa é uma medida que visa o "fortalecimento do pagamento por serviços ambientais", criado para que empresas que não conseguem reduzir suas emissões de carbono possam compensá-las.
A geração de créditos de carbono do programa Floresta+ Carbono funciona através da conservação e recuperação da vegetação nativa. Um crédito de carbono é equivalente a uma tonelada de CO2 que deixou de ser emitido para a atmosfera.
O @mmeioambiente lançou, nesta quinta-feira (1º), por meio da Portaria nº 518, publicada no Diário Oficial da União, o Floresta+ Carbono, nova modalidade do programa Floresta+ para preservar as nossas riquezas naturais. pic.twitter.com/h6683TeLGm
— SecomVc (@secomvc) October 1, 2020
O economista e mestre em Economia Ambiental e em Tecnologia Sustentável, Roulien Paiva Vieira, em entrevista à Sputnik Brasil, afirmou que é muito importante a criação de um programa como esse, pois reflete uma observação mais atenciosa para a floresta através do monitoramento e metrificação do crédito de carbono.
"Com certeza um programa como este ajuda sim as florestas estarem de pé e em boas situações, ou seja, em boa qualidade de equilíbrio ambiental", disse.
De acordo com ele, a mudança climática não advém somente da questão carbônica, mas vem de elementos que "geram uma concentração de poluição".
"Se a gente gera uma concentração de poluição numa certa área, por exemplo, uma extração minerária, na qual eu não tenho um efetivo manejo ambiental, eu teria um problema de desequilíbrio ambiental naquele local e poderia causar transtorno em outras áreas. Cada bioma e cada estado deveria ter um rigoroso acompanhamento no processo de manejo entre o uso do ser humano para recursos naturais e que possamos ver a resposta da qualidade ambiental para com o país", afirmou.
O especialista em Economia Ambiental observou que o combate aos problemas ambientais deve ser feito através do monitoramento de locais onde existem problemáticas para poder "tomar ações preventivas e pró-ativas, assim como ter a noção do iminente problema que se tem".
"Se a gente tem um recurso que é escasso, que a gente tem um recurso que tem uma dependência dos demais elementos naturais, então eu posso ter toda uma questão econômica ou social completamente fragilizada por isso.
O especialista citou o exemplo de Brumadinho, "onde a gente tem toda uma bacia hidrográfica, uma região que atingiu mais de um estado, que teve modificada a sua realidade em virtude de uma modificação ambiental".