A chancelaria russa observou que na Alemanha "não diminui o grau de histeria artificialmente inflada no contexto da situação em torno de Navalny".
"Reparamos que, durante a reprodução de mais acusações inventadas e infundadas e ameaças por políticos alemães do mais alto nível, contra o nosso país foi mencionada a tese paradoxal sobre alegada falta de vontade da Rússia para o diálogo com a Alemanha no âmbito dos mecanismos bilaterais específicos existentes", lê-se no comentário da entidade diplomática russa.
"Consideramos tais declarações como mentiras descaradas. A esse respeito recordamos que a parte alemã continua sistematicamente ignorando as propostas para estabelecer uma cooperação prática a fim de clarificar as circunstâncias do chamado 'envenenamento' de Navalny através de assistência jurídica e consultas na base dos regulamentos da Convenção sobre Armas Químicas", ressalta o comunicado.
Anteriormente, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que Moscou possui informação de que agentes de serviços de inteligência estrangeiros estão trabalhando com o opositor russo Aleksei Navalny.
No dia 20 de agosto, Aleksei Navalny foi hospitalizado na cidade russa de Omsk após se sentir mal durante o voo para a capital, Moscou.
Dois dias depois, Navalny foi levado de avião para o hospital universitário Charité em Berlim, Alemanha, em estado grave. Os médicos locais estabeleceram o diagnóstico preliminar de intoxicação com uma substância do grupo de inibidores da colinesterase.
Em 2 de setembro, o porta-voz do governo alemão Steffen Seibert relatou que testes toxicológicos realizados por um laboratório das Forças Armadas da Alemanha mostraram que o blogueiro tinha sido envenenado com uma substância do grupo Novichok.