Israel tem testemunhado diversas manifestações contra o governo desde julho, com cidadãos pedindo ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que renuncie, devido à insatisfação pública com as acusações de corrupção que pairam sobre o premiê e também à resposta das autoridades contra a pandemia da COVID-19. As tensões aumentaram após um novo lockdown imposto pelo governo em 18 de setembro.
"Durante as manifestações na noite de sábado [2], a polícia deteve 38 pessoas envolvidas em perturbar a ordem pública na área de Tel Aviv", disse a polícia local em um comunicado.
Conforme publicou o jornal israelense Haaretz, o protesto reuniu dezenas de milhares de pessoas. A polícia montada foi empregada durante as manifestações em Tel Aviv, onde manifestantes entraram em confronto com a polícia, que supostamente teria agredido pessoas em meio ao protesto. O prefeito de Tel Aviv, Ron Huldai, ficou levemente ferido durante os confrontos.
No final do mês passado, novas restrições contra o novo coronavírus entraram em vigor em Israel. Na semana passada, o Knesset - o parlamento israelense - aprovou uma emenda à lei do novo coronavírus permitindo limitar os protestos. Agora, não mais que 20 pessoas podem se manifestar juntas e foi imposto um limite para que os cidadãos israelenses só possam se manifestar dentro de um raio de um quilômetro de suas casas.
As novas medidas de lockdown estabelecidas em 18 de setembro permanecerão em vigor até 14 de outubro, com possibilidade de prorrogação. Segundo os dados da Universidade Johns Hopkins, Israel registra 265.086 casos do novo coronavírus e 1.692 mortes causadas pela doença.