A solicitação, protocolada nesta segunda-feira (5), foi feita por meio de petição assinada pelos advogados de Moro. As informações são da coluna de Fernando Molica, da CNN Brasil.
Nesta segunda-feira (5), Celso de Mello pediu ao presidente da Corte, Luiz Fux, que inclua na pauta da Corte o julgamento sobre a forma do depoimento de Bolsonaro para a Polícia Federal, no âmbito da investigação que apura se o presidente tentou interferir no órgão.
A Advocacia-Geral da União entrou com recurso para que o depoimento de Bolsonaro seja feito por escrito. Moro, por sua vez, defende que ele seja realizado de forma presencial.
Equidade de tratamento
Segundo os advogados do ex-ministro, Moro prestou depoimento presencial no mesmo inquérito, portanto, para manter a equidade no tratamento, Bolsonaro também deveria fazer o mesmo. Além disso, os advogados argumentam que o benefício não se aplica em caso de investigados e réus.
O ex-juiz da Lava Jato alegou como motivo para sua demissão do Ministério da Justiça as tentativas de interferência do presidente na PF.
Inicialmente, Celso de Mello, que antecipou sua aposentadoria do STF para 13 de outubro, determinou que Bolsonaro fosse ouvido presencialmente. No mês passado, no entanto, o ministro Marco Aurélio, que substituiu Mello durante licença médica, suspendeu o andamento do inquérito até que o plenário da Corte decidisse sobre a questão.