A acusação teria sido feita, segundo reportagem da Folha de S. Paulo, no último dia 29, quando o parlamentar psdebista foi ouvido pela PF no inquérito que investiga a realização de atos antidemocráticos.
De acordo com a Folha, Frota teria apresentado diversos números de IPs de computadores identificados pela CPMI das Fake News como fontes de propagação de notícias falsas, criadas com o objetivo de atacar desafetos dos filhos do presidente Jair Bolsonaro e opositores da família. Os IPs estariam ligados ao e-mail bolsonaro.enb@gmail.com, declarado por Eduardo quando de sua candidatura ao Congresso nas últimas eleições. Os computadores, segundo reportagem da TV Globo, estariam relacionados a endereços do deputado ou de seus assessores.
Globo tem que apelar para depoimento do Alexandre Fruta para me acusar de algo.@GloboNews delação do doleiro Dário Messer indica suposta lavagem de dinheiro bilionária da família Marinho, dona da Globo. Faz uma matéria aí... pic.twitter.com/kTI22teqPI
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) October 7, 2020
Além de Eduardo, outro membro da família Bolsonaro, o vereador Carlos, também foi apontado como membro do chamado "gabinete do ódio", esquema que produzia informações falsas e conteúdos pedindo o fechamento do parlamento e do Supremo Tribunal Federal, intervenção militar e outros atos inconstitucionais.
"Indagado se tem conhecimento de que tal estrutura ou as ações decorrentes foram, de qualquer forma, dirigidas a tentar impedir, com emprego de violência ou grave ameaça, o livre exercício de qualquer dos poderes da União ou dos estados, respondeu que sim, conforme conteúdos preservados na investigação da CPMI, como exemplo o sequestro simulado do ministro Gilmar Mendes [do STF] com utilização de boneco", diz um trecho do relatório da PF sobre o depoimento reproduzido pelo G1.