"Até o momento, tendo transcorrido 13 dias (até 6 de outubro de 2020) desde que se ordenou a execução da sentença (tendo sido emitido para isso os documentos correspondentes), e que não foi possível localizar e capturar os condenados, além do fato de que é de conhecimento público que alguns deles não estão no país, determina-se que se proceda com a notificação vermelha da Interpol para todos os sentenciados", diz a notificação do juiz Iván León.
A notificação vermelha significa que, nas próximas horas, será emitida uma solicitação às forças da ordem de todo o mundo para localizar e prender os condenados.
Ao tomar conhecimento sobre o pedido do juiz, Correa escreveu no Twitter:
Nuevo ridículo para Ecuador, pero, por supuesto, habrá que gastar nuevamente en abogados, limitaciones de viajes, etc. Así buscan quebrarnos.
— Rafael Correa (@MashiRafael) October 7, 2020
Por si acaso, Iván León, juez TEMPORAL, es un corrupto completo.
Ver:https://t.co/Whz7YtshmT https://t.co/92kXGva8VK
Nova vergonha para o Equador, mas, certamente, teremos novos custos com advogados, limitações de viagens, etc. Assim eles querem nos quebrar. Por via das dúvidas, Iván León, juiz TEMPORÁRIO, é um corrupto completo.
Além de Rafael Correa, estão entre os condenados o ex-vice-presidente Jorge Glas (que não está na lista da Interpol, pois está preso desde 2017 por corrupção ligada ao caso Odebrecht), o ex-secretário jurídico Alexis Mera, os ex-ministros Vinicio Alvarado, María Duarte, Walter Solís, a parlamentar Viviana Bonilla e o ex-legislador Christian Viteri, além de 10 empresários. Todos foram sentenciados a oito anos de prisão.
Os condenados foram acusados de integrarem uma estrutura de corrupção que favorecia empresas em licitações em troca de recursos para financiar as campanhas políticas do partido Alianza País (AP), legenda do atual presidente Lenín Moreno, mas que era comandada por Correa na época.
No dia 7 de setembro, um tribunal da Corte de Justiça do Equador negou o recurso interposto por Correa e os outros envolvidos no caso.
O ex-presidente, que atualmente vive na Bélgica, país de origem de sua esposa, nega insistentemente as acusações e se declara um perseguido político.