Pobreza extrema pode chegar a 27,5 milhões de pessoas apenas na América Latina

© AP Photo / Silvia IzquierdoMãe e filho em uma comunidade pobre e carente do Rio de Janeiro
Mãe e filho em uma comunidade pobre e carente do Rio de Janeiro - Sputnik Brasil
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O Banco Mundial divulgou um estudo nesta quarta-feira (7) e estimou que a pobreza extrema crescerá em 2020. A expectativa para América Latina e Caribe é que a taxa esteja em 4,2% da população (27,5 milhões de pessoas).

De acordo com Banco Mundial, a estimativa é de que a pobreza extrema pelo mundo crescerá em 2020 pela primeira vez em mais de 20 anos. 

A instituição define que o conceito de "extrema pobreza" seja viver com menos de US$ 1,90 por dia.

Além disso, a entidade acredita que as pessoas nesse grupo representarão entre 9,1% e 9,4% da população global em 2020,  segundo o relatório Pobreza e Prosperidade Compartilhada, publicado a cada dois anos.

O estudo do Banco Mundial destaca que conflitos e a mudança climática já provocavam uma desaceleração nos avanços para reduzir a pobreza no mundo.

Porém, diante dos problemas causados pela pandemia da COVID-19, o coronavírus deve elevar a taxa de pobreza no mundo em até 150 milhões de pessoas até 2021, a depender da severidade da contração econômica, diz o Banco Mundial.

"Isso deve representar uma regressão ante a taxa de 9,2% em 2017", compara. Caso não tivesse havido a pandemia, a expectativa era de recuo na extrema pobreza para 7,9% da população do mundo em 2020.

Presidente do Banco Mundial, David Malpass, afirma no relatório da entidade que, para reverter esse "sério revés" à redução da pobreza, os países precisam se preparar para uma economia distinta, ao permitir que capital, trabalho, habilidades e inovações se desloquem para novos negócios e setores.

© Folhapress / Roberto CasimiroPessoas em situação de pobreza extrema em comunidade no extremo da zona norte de São Paulo em meio à pandemia da COVID-19, em 21 de maio de 2020.
Pessoas em situação de pobreza extrema em comunidade no extremo da zona norte de São Paulo em meio à pandemia da COVID-19, em 21 de maio de 2020. - Sputnik Brasil
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Pessoas em situação de pobreza extrema em comunidade no extremo da zona norte de São Paulo em meio à pandemia da COVID-19, em 21 de maio de 2020.
© AFP 2023 / PETER PARKS Cena de uma rua no distrito de Wan Chai em Hong Kong, 24 de agosto de 2000
Cena de uma rua no distrito de Wan Chai em Hong Kong, 24 de agosto de 2000 - Sputnik Brasil
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Cena de uma rua no distrito de Wan Chai em Hong Kong, 24 de agosto de 2000
© AFP 2023 / Wakil KohsarUm menino afegão de nômade Kochi brinca com o pneu perto da sua tenda nos arredores de Kabul. 2 de agosto de 2015
Um menino afegão de nômade Kochi brinca com o pneu perto da sua tenda nos arredores de Kabul. 2 de agosto de 2015 - Sputnik Brasil
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Um menino afegão de nômade Kochi brinca com o pneu perto da sua tenda nos arredores de Kabul. 2 de agosto de 2015
© AFP 2023 / Luis AcostaPessoas pobres com bandeira dos EUA
Bandeira dos EUA - Sputnik Brasil
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Pessoas pobres com bandeira dos EUA
© AFP 2023 / Hector RetamalMeninos empurram um pneu entre as ruínas da cidade de Les Cayes (Haiti), afetada pelo furacão Matthew.
Meninos empurram um pneu entre as ruínas da cidade de Les Cayes (Haiti), afetada pelo furacão Matthew - Sputnik Brasil
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Meninos empurram um pneu entre as ruínas da cidade de Les Cayes (Haiti), afetada pelo furacão Matthew.
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Pessoas em situação de pobreza extrema em comunidade no extremo da zona norte de São Paulo em meio à pandemia da COVID-19, em 21 de maio de 2020.
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Cena de uma rua no distrito de Wan Chai em Hong Kong, 24 de agosto de 2000
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Um menino afegão de nômade Kochi brinca com o pneu perto da sua tenda nos arredores de Kabul. 2 de agosto de 2015
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Pessoas pobres com bandeira dos EUA
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Meninos empurram um pneu entre as ruínas da cidade de Les Cayes (Haiti), afetada pelo furacão Matthew.

O Banco Mundial diz que pretende, ao lado de outras entidades, ajudar nesse processo pela retomada do crescimento "sustentável e inclusivo". O relatório também conclui que muitos dos novos pobres estarão em países já com taxas altas de pobreza.

"Uma série de países de renda média verão números significativos de pessoas recuarem para baixo da linha da extrema pobreza", diz o Banco Mundial. Cerca de 82% do total será em países de renda média, aponta a estimativa.
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